Um caldeirão de culturas
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Com o atol de West Fayu sumindo na distância, nossos dias de Robinson Crusoe na ilha deserta já deixavam saudades.
Ondas enormes, mar desencontrado e ventos rápidos fizeram o veleiro Kat voar e rápido, em 3 dias chegamos a Guam.
Estivemos aqui em 1999 na Magalhães Global Adventure, em nossa segunda volta ao mundo. Mas dessa vez, me impressionou como cresceu e apresenta um mundo de luzes, gente na rua, shoppings, muito trânsito e prédios altos.
O que mais nos chamou a atenção foi a quantidade de japoneses na cidade. Guam fica apenas a 2 horas do Japão e virou lugar de férias do povo nipônico. A maioria das placas no centro estão escritas em japones e inglês.
Mas as praias de areia branca, mar azul turquesa, coqueiros a perder de vista, fazem a ilha ser um verdadeiro paraíso.
Saindo 20 minutos da cidade, o sossego dos locais habitados pelos nativos chamorros, logo encontramos um povo hospitaleiro e muito amigável com os visitantes.
Guam foi visitada pela primeira vez pelo navegador português Fernão de Magalhães, em 1521, então ao serviço da coroa espanhola.
A ilha foi colonizada pelos espanhóis, a cultura que deixaram se nota nas muitas palavras espanholas no idioma nativo chamorro. Ao longo dos anos foi ocupada pelos alemães, japoneses e depois pelos Estados Unidos, por volta de 1944.
Com alegria reencontramos nosso amigo o chamorro, professor de história e cultura nativa, Tony Ramirez, que nos levou para diversas partes da ilha para conhecer mais sobre as lendas, cultura e costumes de seu povo.
Guam é território dos Estados Unidos e permanece um posto estratégico para os militares. A influência norte-americana também é evidente nas lojas, e redes de restaurantes. Com o tempo, a cultura da ilha também foi influenciada e enriquecida por novos imigrantes filipinos, japoneses, coreanos, chineses e micronésios.
Um incrível caldeirão de culturas.