Nos livros de História, geralmente aprendemos sobre o significado do 7 de Setembro e da Independência do Brasil como um momento de heroísmo e nacionalismo. Mas nem sempre nos lembramos de que os eventos desta data também foram o ponto de partida para um conflito de defesa pelo território nacional, a Guerra pela Independência do Brasil.
De um lado, estava a nova nação liderada por Dom Pedro I. Do outro, o próprio pai dele, o soberano de Portugal, Rei João VI.
O conflito começava a esquentar no final de 1821 e a população do Brasil se dividia em duas: as que queriam a independência e as que preferiam permanecer fiéis a Portugal. Regiões mais afastadas da capital, como o Pará e o Maranhão, se mantiveram alinhados com os colonizadores. Já Pernambuco lutava ativamente pela independência brasileira. Outros locais, como a Bahia, não conseguiam chegar num consenso.
A partir de 1822, era comum ver embates entre as forças portuguesas e soldados brasileiros, que lutavam pela manutenção da independência.
A chave para a vitória brasileira estava no mar. Ambas forças sabiam da precariedade das forças navais de Portugal, e os brasileiros viam nisso uma oportunidade. Nenhum banco europeu queria se arriscar a emprestar recursos para novas embarcações até que o próprio Dom Pedro I tirou o ouro do próprio bolso para pagar pelos navios. Isso inspirou outros nobres a fazer o mesmo.
Liderada pelo Almirante Thomas Cochrane, a frota brasileira conseguiu vencer a presença portuguesa nas águas do Brasil e mandá-los de volta para a Europa.
A paz finalmente foi atingida após a assinatura de um tratado por Dom Pedro I em 1826. Com ele, as relações com Portugal seriam normalizadas e o país ganharia reconhecimento internacional.