No último dia 17 de fevereiro, o navio Svendborg Maersk, de bandeira dinamarquesa, enfrentou uma forte tempestade, com ventos de 60 nós e ondas de 10 metros, na Golfo de Biscaia, na costa da França. Ao chegar ao porto espanhol de Málaga, o Maersk descobriu que cerca de 520 dos 7.200 contêineres que transportava haviam caído no mar. Esta é a maior perda de contêineres registrada em um único incidente.
Todos os dias, navios transportam entre 5 e 6 milhões de contêineres, e há uma estimativa de que anualmente cerca de 10 mil contêineres caiam dos navios e sejam perdidos no mar. O grupo ambientalista francês Robin des Bois disse que irá processar o Maersk por não divulgar imediatamente a perda quando ocorreu, colocando em risco a vida de pessoas e outros barcos, causando poluição e abandonando resíduos no mar.
A empresa responsável pelo Maersk declarou que a maioria dos contêineres não flutuará por muito tempo, especialmente em mares agitados. Mas a seguradora neozelandesa Vero Marine declara que, em média, um contêiner estanque de 20 pés pode flutuar por até 2 meses, e um de 40 pés pode flutuar por até 6 meses!
Contêineres perdidos no mar são um dos maiores perigos para os veleiros! Nossos amigos Karin e André, do Veleiro Natchez, desapareceram no meio do Oceano Pacífico em 1990, em uma área onde um navio havia deixado cair no mar 18 contêineres. Recentemente, este foi o tema do filme “Até o Fim” (All is Lost), com Robert Redford.
Fotos: CNN.com
Artigo retirado do antigo site, autoria de Heloisa Schurmann.